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OTDR não é só para apagar incêndio
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“OTDR não é só para apagar incêndio e sim para certificar a rede”. A frase do engenheiro Fábio Martins, da Nextest, resume a tendência que ele e outros especialistas do setor apontam para o mercado de provedores: a aquisição do OTDR, antes o segundo na fila depois da máquina de fusão, passa a ser prioritária. Para quem não é do setor de telecomunicações, o OTDR é o instrumento chave para a certificação das redes ópticas, usado para avaliar se o que estava no projeto de infraestrutura foi de fato aplicado na prática. E estamos falando de qualidade de rede.
No caso da Nextest, os OTDRs são da Viavi, fabricante norte-americana, e estão disponíveis em dois modelos. Com a estrutura de sua parceira em São Paulo, inclusive para reparos, a Nextest concentra-se em ampliar o treinamento para uso do OTDR, um dos pontos vulneráveis nos provedores regionais. Martins destaca que preferiu apostar nos vídeos sobre o tema, uma forma mais rápida de amplificar o conhecimento dos técnicos de campo.
“Nós explicamos detalhadamente como funciona o OTDR e que ele pode extrair todas as informações sobre a fibra óptica, inclusive se houve ruptura e a distância da ruptura, entre outros dados”, resume o especialista. Martins também avalia que pelo volume de negociações dos dispositivos, muitos provedores regionais nem sempre optam pela precificação como fator de compra.
Assim como a Viavi em OTDRs, a Nextest trabalha com outro fabricante de primeira linha para a área de máquina de fusão, a japonesa Sumitomo. Enquanto a parceria com a norte-americana remonta há oito anos, a relação com a Sumitomo começou há dois, embora a Nextest já tivesse maquinas de fusão – de outra marca – no portfólio desse 2014. “Também não concorremos com preço”, reforça Martins. De acordo com ele, os provedores regionais sabem que uma rede óptica de qualidade é um ativo importante, principalmente se a ideia é vender a operadora no futuro.
Para o segmento, a Nextest focou em modelos de 4 e de 5 motores em três modelos, com uma estrutura de reparo no Brasil. “Ainda temos uma mão de obra que pode ser melhorada, reduzindo o nível de envio dos equipamentos para conserto”, avalia Martins. Segundo ele, o principal ofensor das máquinas de fusão no país é a sujeira. “A operação deveria ser mais limpa”, lembra. Em outros países, uma maquina de fusão passa por uma reforma após cerca de 6 mil fusões de fibra óptica em campo, com a troca do eletrodo. No Brasil, infelizmente, nem sempre isso é possível.